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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tuvalu

Tuvalu

O Tuvalu é um Estado da Polinésia formado por um grupo de nove atóis, antigamente chamado Ilhas Ellice. Tem fronteiras marítimas com o Kiribati, a norte e a nordeste, com o território neozelandês de Tokelau, a leste, com Samoa, a sudeste, com o território francês de Wallis e Futuna a sul e com Fiji, também a sul, e fica estrategicamente localizado no sul da Oceania. A oeste o vizinho mais próximo é as Ilhas Salomão, mas a distância entre os dois grupos de ilhas é bastante grande (cerca de 900 quilômetros quadrados).
Oficialmente, Funafuti é a capital, mas este atol é formado por mais de 30 ilhas, das quais a maior é Fongafale; nesta ilha há quatro povoações, entre as quais Vaiaku é onde se encontra o governo; por essa razão, por vezes, a capital de Tuvalu é chamada Fongafale ou Vaiaku. 92% da população é tuvaluana, já 8% é formada por outros grupos polinésios principalmente os que veem de Kiribati.
A divisão administrativa de Tuvalu é composta de nove ilhas.
O nome "Tuvalu" significa "grupo de oito", na língua tuvaluana, e simboliza suas oito ilhas que atualmente são habitadas.

História

 

Os primeiros habitantes chegam provavelmente no século XIV, provenientes de Samoa. Os atóis de coral que compõem Tuvalu eram inicialmente uma colônia espanhola, denominada Ilhas de Laguna. Entre 1850 e 1857, milhares de habitantes são transformados pela Espanha em escravos no Peru e no Chile. Com o nome de Ilhas Ellice, tornam-se protetorado britânico em 1892. A possessão é unida a outro arquipélago, em 1915, ao formar a Colônia das Ilhas Gilbert e Ellice (atual Kiribati). Em 1978 tornam-se independentes, com o nome de Tuvalu. A nação adota uma nova bandeira em 1995 e elimina dela o síbolo da Comunidade Britânica. A medida provoca insatisfação popular contra o primeiro-ministro Kamuta Latasi. Em 1996, um voto de desconfiança no Parlamento derruba Latasi, e Bikenibeu Paeniu é eleito para o cargo, restaurando a bandeira anterior. Paeniu renuncia em 1999 e é substituído por Ionatana Ionatana.
Em 2000, é iniciada a concessão, pelo país, do direito de uso de seu domínio na internet, .tv, a uma empresa norte-americana. O acordo que prevê o pagamaneto de 50 milhões de dólares em royalties durante dez anos, deve fazer o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescer mais de 50% no período. Ionatana morre em dezembro de 2000.
Em 2003, o primeiro-ministro Saufatu Sopoanga é acusado pela oposição de protelar a convocação do Parlamento, a fim de evitar uma votação de uma moção de desconfiança contra seu governo, suspeito de má utilização do dinheiro público. No ano seguinte, é aprovada a moção de desconfiança que põe fim no governo de Soaponga. O premiê passa a ser Maatia Toafa. Em 2005, Filoimeia Telito assume o cargo de governador-geral. Após as eleições gerais de 2006, Apisai Ielemia é escolhido novo primeiro-ministro.
Em setembro de 2007, Tavau Teii, o vice-primeiro-ministro, declara que os grandes poluidores mundiais devem indenizar Tuvalu, em virtude dos impactos das mudanças climáticas no arquipélago. Teii sugere, em encontro da ONU sobre o aquecimento global, que o auxílio a países vulneráveis da região venha de impostos sobre viagens aéreas e fretes de cargas marítimas.

A Segunda Guerra Mundial em Tuvalu

A Segunda Guerra Mundial atingiu o Oceano Pacífico em dezembro de 1941 quando os japoneses atacaram a base militar de Pearl Harbor no Hawaii. Com potente armamento militar, o objetivo do Império Japonês era conquistar todo o sudeste asiático e invadiram também as Ilhas Salomão. Kiribati também foi conquistado pelos japoneses, que não encontraram resistência no local. Todos os movimentos dos japoneses eram observados pelos coastwatchers, ou observadores costeiros que enviavam relatórios aos americanos permitindo aos mesmos a confecção de estratégias militares.
De Kiribati, os japoneses partiram para o sul em Tuvalu, mas as perdas na Batalha de Midway atrasaram os planos. O que permitiu aos americanos tomar a ilha pelo norte, o que foi tão bem guardado, que os japoneses só foram saber da ocupação em março de 1943, quase 5 meses depois do inicio das ocupações. Num período de quase seis meses (27 de Março à 17 de Novembro de 1943) os japoneses atacaram o arquipélago nove vezes, a primeira, de assalto, matou um civil e seis americanos, não causando, assim, danos consideráveis.
Alguns americanos não morreram em batalhas, mas por infortúnios, como testes com aviões e por uma tempestade que fez desaparecer um esquadrão inteiro com quatro aviões em janeiro de 1944.
Em meados de 1944, a guerra mudou de localidade, mais para o norte e os soldados começaram a desocupar a ilha, que chegou a hospedar 6.000 soldados, que partiram levando todos os equipamentos tragos consigo.
Após a desocupação da ilha, a população sofreu com a falta de produtos básicos, na época, como tabaco, querosene, pano e farinha devido a dificuldade no acesso às ilhas.
A Segunda Guerra Mundial foi um breve e dramático episódio na história de Tuvalu, impactando diretamente no quotidiano das pessoas. Pôs fim ao regime colonial foi fundamental para que fosse declarada a independência de Tuvalu.

Ameaça de desaparecimento

Devido ao aquecimento global, o pequeno território do país corre o risco de ser submerso pelas águas oceânicas. Tal risco tem sido muito divulgado pelos ambientalistas como um exemplo das consequências das emissões descontroladas de gases poluentes na atmosfera terrestre causadores do efeito estufa. Grande parte das ilhas não passam dos 7 metros de altura.

Geografia

A vista costeira da cidade de Funafuti.
Tuvalu é um grupo de nove atóis coralinos que se estendem ao longo de 560 quilômetros, de noroeste a sudeste, situadas na Polinésia, numa área marítima de 1.060.000 km². Ligeiramente ao sul do equador, o arquipélago está situado a cerca de 4.000 km ao nordeste da Austrália, ao sul das Ilhas Gilbert, localizado aproximadamente a 8º S, 178º E.
Atóis formados por mais de uma ilha:
Atóis formados por uma única ilha:
O clima de Tuvalu é tropical, com solos muito afetados pela erosão. O relevo é totalmente plano.

Demografia

A pequena população de Tuvalu é quase exclusivamente de origem polinésia, falantes da língua tuvaluana (que é uma das línguas oficiais e unicamente falada por esta população); o inglês também é a língua oficial de Tuvalu.

Religião

Em Tuvalu, as antigas religiões foram totalmente destruídas. Actualmente, 81,9% da população professa o cristianismo (sendo que 92,89% são protestantes, 11,2% outros, e 15% têm dupla filiação); 5,2% não tem religião; 5,1% professa outras religiões; e 0,6% é ateísta.

Política

Tuvalu é uma monarquia constitucional, com a rainha Elizabeth II como chefe de estado, representada por um Governador-Geral, que é nomeado por sugestão do primeiro-ministro.
O parlamento, denominado "Fale I Fono", tem 15 membros eleitos para mandatos de quatro anos. Os deputados elegem um primeiro ministro. Embora não haja partidos políticos e as campanhas eleitorais sejam feitas com base em relações pessoais ou familiares, os tuvaluenses levam tudo a sério.

Subdivisões

A pequena população tuvaluana está distribuída por 9 ilhas, (5 são atóis). A menor ilha, Niulakita, ficou inabitada até ser recolonizada por povos da ilha de Niutao, em 1949.

Economia

Os principais produtos exportados por Tuvalu são copra, pandano e confeccões. A pesca e o cultivo de palmeiras são atividades tradicionais.
Tuvalu é conhecido por suas atividades econômicas curiosas. Em 1998, Tuvalu começou a receber receitas resultantes da venda dos seus direitos ao código internacional de telefone "900" e, em 2000, da venda do seu domínio de internet .tv por 50 milhões de dólares, por 12 anos.
Tuvalu também recebe receitas com a venda de sua bandeira para barcos internacionais e com as emissões de selos para colecionadores.
O turismo é muito precário, pois existe apenas um hotel no país, localizado em Funafuti. Destacam-se também os serviços financeiros
Há alguns anos descobriu-se uma montanha marítima rica em corais rosas e outros diversos tipos de minerais, mas a exploração por enquanto ainda não começou. Há grandes perspectivas quanto ao começo dessa exploração, pois arrecadaria mais receitas para este minúsculo país da Oceania. O dólar de Tuvalu tem paridade com o dólar australiano.

Comunicações

Não há estações de TV em Tuvalu. As principais notícias chegam através de um jornal quinzenal, ou através de estações de rádio do governo. Tuvalu também tem receitas na emissão de moedas em metais como ouro e prata, para colecionadores, cunhadas na Austrália sob autorização do governo de Tuvalu.

Transportes

Quase não existem veículos no país, onde os principais meios de transporte são as motonetas e as bicicletas por via terrestre, e os barcos por via marítima.
Aeroportos também não existem, mas há uma pista de pouso na capital para pequenos aviões.

Cultura

Roupas casuais dos antigos nativos polinésios habitantes de Tuvalu.
Não há museus no país, mas as próprias ilhas são o melhor museu, pois arte e cultura ancestral podem ser apreciadas.
A arquitetura tradicional utiliza telhado de palha e elementos naturais. No artesanato local sobressaem os cestos e os enfeites para o cabelo feitos a base de flores, assim como bijuteria manufaturada. Tuvalu também possuí três parques, que tem a ideia e preservar zonas florestadas no pequeno país. Os plásticos e as latas de Tuvalu são colocados num sítio determinado, para serem retirados e não sujarem as ilhas. Também estão a procurar obter assistência do Fundo Mundial para o Ambiente (FMA) para os ajudarem a tentar resolver o problema da erosão em Tuvalu.
Foi divulgado que Tuvalu é o país que menos polui, apesar de ser o primeiro que vai sofrer com os danos causados pelo aquecimento global, causado principalmente pela emissão de gases como o dióxido de carbono - emitido principalmente na queima de combustíveis fósseis e florestas -, o metano - emitido principalmente pela decomposição de dejetos orgânicos que aumenta com a superpopulação e a pecuária, a rizicultura, o apodrecimento de florestas causados por inundações - e o óxido nitroso - emitido principalmente pelo uso de certos fertilizantes químicos e pesticidas na agricultura.
As praias tuvaluanas são cobertas de areias finas e palmeiras.

 Esporte


Um tradicional esporte jogado em Tuvalu é o kilikiti, semelhante ao críquete. É jogado com 2 bolas de 12 centímetros de diâmetro.
Esportes mais comuns, como futebol, ciclismo e rugby também são praticados no país, como atividades recreativas. Tuvalu tem uma equipe nacional de futebol e compete oficialmente, apesar de não ser um membro da FIFA. No entanto, não existem registros de uma equipe de rugby, que continua subdesenvolvido do país.
Tuvalu entrou nos Jogos Olímpicos de Verão pela primeira vez em 2008. Na China, o arquipélago enviou três atletas em dois eventos

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