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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Panorama Internacional

Em setembro de 2000, representantes de 191 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo 147 Chefes de Estado, assinaram a Declaração do Milênio, considerado o mais importante compromisso internacional em favor do desenvolvimento e da eliminação da pobreza e da fome no mundo. A Declaração refletiu objetivos previamente acordados sobre direitos humanos e direito ao desenvolvimento, notadamente os presentes no Pacto pelos Direitos Econômicos Sociais e Culturais, de 1966, na Declaração das Nações Unidas sobre o Direito ao Desenvolvimento (Resolução 41/123 de 1986, da Assembléia Geral da ONU, e nos documentos finais das conferências mundiais sobre temas sociais da década de 1990. A Declaração do Milênio deu origem a uma série de objetivos de desenvolvimento concretos e mensuráveis conhecidos como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Os oito ODM definidos pelas Nações Unidas, a serem alcançados até 2015, referem-se ao combate à pobreza e à fome, e à promoção da educação, da igualdade de gênero e de políticas de saúde, saneamento, habitação e meio ambiente. Para atingir esses objetivos, a ONU apresentou um conjunto de 18 metas, a serem monitoradas por 48 indicadores.
De 20 a 22 de setembro de 2010, será realizada reunião de alto nível com a participação de Chefes de Estado, em Nova York, para realizar o balanço do progresso dos países em atingir os ODM e examinar as ações ainda necessárias à aceleração do processo de alcance dos objetivos. Segundo relatório preliminar divulgado pelo Secretário-Geral da ONU (SGONU), o progresso no alcance dos ODM tem sido desigual entre países e regiões. A manter-se a tendência atual, os ODM não deverão ser atingidos em 2015 pela maioria dos países, em especial os países de menor desenvolvimento relativo, com destaque para a região da África subsaariana.

O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio


O Brasil está absolutamente comprometido com o alcance dos ODM. As ações brasileiras que visam cumprir com os ODM são as mesmas definidas pelo conjunto de políticas sociais estruturadas e implementadas nacionalmente desde a posse do Presidente Lula. Embora nenhuma delas tenha sido desenhada especificamente para atender aos compromissos decorrentes da Declaração do Milênio, seus objetivos são comuns e centram-se na redução da pobreza e das desigualdades e na garantia dos direitos humanos dos cidadãos brasileiros.

Faltando menos de cinco anos para terminar o prazo estipulado pelas Nações Unidas para que sejam atingidos os ODM, o Brasil alcançou alguns dos Objetivos com uma década ou mais de antecedência. Em algumas áreas, estabelecemos metas e compromissos mais ambiciosos do que os definidos pela ONU, permitindo, por exemplo, a reversão da tendência de disseminação da epidemia de HIV/AIDS. Além disso, as políticas sociais universais de grande envergadura implementadas pelo Governo – somadas a outros fatores como o crescimento da economia e a geração de empregos – possibilitaram a eliminação em um quarto a população pobre do país, superando a meta de redução pela metade da proporção da população com renda inferior a 1 dólar PPC por dia, constante do primeiro ODM. Em 1990, 25,6% dos brasileiros tinham renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza estabelecida pelo Banco Mundial. Em 2008 esse percentual caiu para 4,8%. A meta internacional para 2015 foi superada em 2002, e a meta nacional foi superada em 2008. Segundo o relatório, se o ritmo da redução se mantiver nos próximos anos, a pobreza extrema será erradicada do Brasil por volta de 2013-2014.
O Brasil também cumpriu a meta da ONU de diminuir em 50% a parcela da população que passa fome. Em 1996, havia 4,2% de crianças brasileiras de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade (indicador usado para mensurar desnutrição infantil). Dez anos depois, o percentual tinha caído a menos da metade: 1,8%. Agora, o desafio é alcançar o objetivo que o país se auto impôs: erradicar o problema até 2015. Contudo, apesar dos avanços verificados, ainda são necessários esforços para cumprir outras metas vinculadas aos ODM, especialmente em saneamento, mortalidade materna e alguns indicadores de desigualdade entre os sexos.
O governo brasileiro tem manifestado preocupação ante o fato de que o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em número expressivo de países não será possível sem aporte significativo de recursos adicionais, especialmente em favor dos países mais pobres. É necessário, portanto, maior empenho dos países mais ricos para auxiliar os mais pobres a vencerem as armadilhas da pobreza; a reduzir, se não eliminar, tarifas e subsídios agrícolas que dificultam o acesso das exportações dos países em desenvolvimento aos seus mercados; a flexibilizar patentes restritivas que impedem o acesso à tecnologia; e a aliviar o peso das dívidas externas.
A crise financeira global dificultou ainda mais o cumprimento dos ODM. Estima-se que a crise tenha gerado, até o final de 2009, a perda de 38 milhões de empregos. Os grupos mais vulneráveis (como os migrantes, mulheres, idosos, trabalhadores com baixa qualificação e pessoas de menor renda) devem ser os mais prejudicados. Os países mais pobres, com pequena carga tributária, instituições financeiras precárias, mercados para títulos de dívida pública limitados enfrentam maiores restrições para promover políticas anticíclicas eficazes. Neste contexto, o ODM 8 – cooperação internacional – ganha ainda mais importância, ao se fazer essencial o comprometimento de toda a comunidade internacional, sobretudo, dos países desenvolvidos, com o incremento da cooperação e da ajuda ao desenvolvimento, com base em princípios éticos, humanista e de justiça social., a fim de contribuir para a melhoria das condições de vida da população mundial.
O Brasil tem se destacado internacionalmente não apenas pelo compromisso em atingir os ODM, mas também pelo seu empenho em apoiar outros países nesse esforço. Como país em desenvolvimento, que luta para superar dificuldades internas de diversas naturezas, o trabalho do Brasil para a concretização de uma parceria global para o desenvolvimento consiste em aprofundar laços de cooperação sob uma ótica Sul-Sul. Hoje, existem mais de 200 projetos de cooperação técnica executados pelo Brasil em países da América Latina, da África e da Ásia, muitos dos quais em áreas sociais com impacto direto sobre os ODM.
Foi criado ainda o Prêmio Brasil ODM, que tem como objetivos incentivar e dar visibilidade a práticas que contribuam a consecução dos Objetivos, reconhecer publicamente os esforços em favor dos ODM e desenvolver um banco de boas práticas que sirva como referência de política pública para a sociedade e para o Estado. A iniciativa brasileira inspirou a criação pelas Nações Unidas do Prêmio Internacional sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Paz e Segurança Internacionais

Os temas do desarmamento nuclear e da não-proliferação ganharam novo impulso na agenda internacional, com a maior ênfase dada ao desarmamento nuclear, que se refletiu,em particular, na celebração, em 2010, do novo tratado START entre os Estados Unidos e a Federação da Rússia para a redução de armamentos estratégicos e a declarada disposição do novo governo norte-americano de buscar a ratificação do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT). Também contribuiu para esse quadro o êxito da VIII Conferência de Exame do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), realizada em maio de 2010, que logrou aprovar Plano de Ação com medidas concertas a serem empreendidas pelos Estados Partes nos três principais eixos temáticos do Tratado (desarmamento, não-proliferação e usos pacíficos da energia nuclear).


A Carta das Nações Unidas, assinada em 1945, prescreveu a guerra e estabeleceu mecanismo de segurança coletiva. Atribuiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a prerrogativa de decidir sobre a existência de ameaças à paz e à segurança internacionais e sobre os meios e modos para enfrentá-las. As operações de manutenção da paz são a expressão mais visível desse mecanismo.

UNASUL

A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) é formada pelos doze países da América do Sul. O tratado constitutivo da organização foi aprovado durante Reunião Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Brasília, em 23 de maio de 2008. Nove países já depositaram seus instrumentos de ratificação (Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela), completando o número mínimo de ratificações necessárias para a entrada em vigor do Tratado no dia 11 de março de 2011.
A UNASUL tem como objetivo construir, de maneira participativa e consensual, um espaço de articulação no âmbito cultural, social, econômico e político entre seus povos. Prioriza o diálogo político, as políticas sociais, a educação, a energia, a infra-estrutura, o financiamento e o meio ambiente, entre outros, com vistas a criar a paz e a segurança, eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência dos Estados.
Segundo dispõe o texto do Tratado, os seguintes órgãos compõem a estrutura institucional da UNASUL: a) Conselho de Chefes de Estado e de Governo; b) Conselho de Ministros das Relações Exteriores; c) Conselho de Delegados; e d) Secretaria Geral. Está prevista ainda a constituição de Conselhos de nível Ministerial e Grupos de Trabalho. Com a exceção da Secretaria Geral, essas instâncias já se encontram em plena atividade.
A UNASUL conta hoje com oito conselhos ministeriais: a) Energia; b) Saúde; c) Defesa; d) Infra-Estrutura e Planejamento; e) Desenvolvimento Social; f) Problema Mundial das Drogas; g) Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação; h) Economia e Finanças. A UNASUL conta ainda com dois Grupos de Trabalho: a) Integração Financeira (agora subordinado ao Conselho de Economia e Finanças); e b) Solução de Controvérsias em Matéria de Investimentos, em cujo âmbito estuda-se a possibilidade de criar mecanismo de arbitragem, Centro de Assessoria Legal e código de conduta para membros de tribunais arbitrais.
O ex-Presidente da Argentina, Néstor Kirchner, foi designado o primeiro Secretário-Geral da UNASUL na Cúpula de Los Cardales, Argentina, realizada em 4 de maio de 2010, e exerceu o cargo até outubro do mesmo ano. Nos termos do Tratado Constitutivo, cabe ao Secretário-Geral a execução dos mandatos que lhe forem conferidos pelos órgãos da UNASUL e a representação legal da Secretaria-Geral. O Secretário-Geral cumpre mandato de dois anos, renováveis uma única vez, por igual período. Em princípio, não pode ser sucedido por pessoa da mesma nacionalidade e deve exercer o cargo com dedicação exclusiva. A seleção de funcionários para a Secretaria-Geral deve seguir critérios de representação equitativa dos Estados Membros, incluindo, entre outros, critérios de gênero, étnicos e de idioma.
A UNASUL também possui uma Presidência Pro Tempore (PPT), que alterna a cada ano, seguindo a ordem alfabética dos países membros. O Chile (2008-09) e o Equador (2009-10) já ocuparam a presidência do bloco. Durante a III Cúpula Ordinária da UNASUL (Georgetown, novembro de 2010), a Guiana assumiu a Presidência de turno, que deverá ser transferida para o Paraguai no final de 2011.
A UNASUL tem-se revelado um instrumento particularmente útil para a solução pacífica de controvérsias regionais e para o fortalecimento da proteção da democracia na América do Sul. Pouco após sua criação, a organização desempenhou importante papel mediador na solução da crise separatista do Pando, na Bolívia, em 2008. Em resposta à crise institucional ocorrida no Equador, em setembro de 2010, os Chefes de Estado da UNASUL decidiram incorporar um Protocolo Adicional ao Tratado Constitutivo, no qual foram estabelecidas medidas concretas a serem adotadas pelos Estados Membros da UNASUL em situações de ruptura da ordem constitucional.
O estabelecimento de um mecanismo de Medidas de Fomento da Confiança e da Segurança pelo Conselho de Defesa Sul-Americano também foi um instrumento valioso para o fortalecimento da estabilidade, paz e cooperação na América do Sul. Como resultado de duas reuniões de Ministros das Relações Exteriores e da Defesa, realizadas em setembro e novembro de 2009, no Equador, foi adotado um conjunto de medidas nas áreas de intercâmbio de informação e transparência (sistemas de defesa e gastos de defesa), atividades militares intra e extraregionais, medidas no âmbito da segurança, garantias, cumprimento e verificação. Os procedimentos a serem adotados na aplicação dessas medidas foram aprovados pelos Ministros de Defesa reunidos em Guaiaquil, em maio de 2010, e pelos Ministros de Relações Exteriores, em reunião realizada em Georgetown, em novembro do mesmo ano.
Avanços igualmente significativos têm sido logrados em outras vertentes do processo de integração. O Conselho de Saúde Sul-Americano criou o Instituto Sul-Americano de Governança em Saúde (ISAGS), com o objetivo de apoiar os países da UNASUL no fortalecimento das capacidades nacionais e regionais de seus sistemas de saúde pública e no desenvolvimento adequado de recursos humanos. Uma de suas funções principais será a gestão do conhecimento já existente e a produção daquele que ainda se faz necessário, de forma compartilhada com os atores sociais e políticos relevantes na esfera social e da saúde.
O ISAGS, cuja sede será no Rio de Janeiro, será uma instituição de natureza comunitária, de caráter público, da qual participarão todos os Estados Membros da UNASUL. Seu programa de trabalho será articulado com instituições nacionais dos Estados Membros e com centros multilaterais de formação e pesquisa, através da integração em redes das chamadas “instituições estruturantes dos sistemas de saúde”, como os institutos nacionais de saúde, as graduações em medicina, enfermagem e odontologia, as escolas de saúde pública e as escolas para a formação de técnicos em saúde.

A difícil integração latinoamericana

Sob orientação da Cepal, a América Latina tentou nos anos 1960 construir a Área de Livro Comércio Latinoamericana (Alalc). Esta iniciativa fracassou em parte porque era ambiciosa demais: não havia comércio e infraestrutura suficiente na região para dar conta de uma área de livre comércio tão integrada como se pretendia. Mas a principal responsável foram as assimetrias entre os países: algumas economias - Brasil, Argentina, México - cresciam em um ritmo mais intenso que outras - Bolívia, Equador, América Central.
A assimetria criou problemas em duas frentes. Do ponto de vista econômico, os países mais atrasados não tinham contrapartidas a oferecer para os produtos que importavam dos mais adiantados, e viam-se diante do risco de aprofundarem seu atraso econômico. Do ponto de vista político, os países mais adiantados, principalmente o Brasil do regime militar, resistia a fazer concessões para os vizinhos, alegando que era um custo alto demais para pouco mercado aberto às exportações brasileiras.
O resultado nós conhecemos: intensificaram as desconfianças entre os países - a maioria ditaduras militares -, a integração pouco avançou e os países cresceram para dentro, apoiados no endividamento externo e no mercado interno. No início dos anos 1980, a Alalc se torna Aladi (Associação Latinoamericana de Integração), e explode a crise da dívida, responsável por uma década de recessão.
Desde os anos 1980, Brasil e Argentina começaram a construir, por meio do Mercosul, uma nova forma de integração econômica. Uma de suas características é um avanço paulatino da integração, com os países dando os passos possíveis. Olhando para os últimos 20 anos, a integração econõmica entre o Mercosul é uma realidade: há troca de investimentos, comércio em moeda local, instâncias de consulta política e gestão de conflitos e uma forte aproximação entre o Pacto Andino e o Mercosul.
É incompleto? Claro que é. O Mercsoul não foi pensado para ser completo, mas para ser possível. Por isso as coisas não andam como todo mundo gostaria. O que importa é que andem.
Se há resistências a uma maior integração, é papel do Brasil, como economia regional mais forte, quebrar estas resistências investindo na integração, e não flexibilizando. Vejamos a China: o país apresenta déficit comercial de US$ 45,4 bilhões com a Ásia. Quando olhamos este déficit em detalhe, percebemos que ele está concentrado nos países com os quais a economia chinesa está mais integrada: Japão (US$ 17,7 bi), Coreia do Sul (US$ 22,1 bi) e Sudeste Asiático (US$ 5,86 bi). Com países mais distante, especialmente na Ásia Central e no Sudoeste da Ásia, a China apresenta superávit (US$ 7,8 bi).
Já o Brasil sustenta um superávit crescente com os vizinhos da América do Sul. Só no primeiro semestre de 2010 foram US$ 4 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões com o Mercosul. Isto significa que nossos parceiros comerciais precisam exportar US$ 2 bilhões para outros mercados para financiar suas importações do Brasil. O adequado seria o Brasil promover um fluxo positivo de divisas para seus vizinhos, para estimular a integração.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Agola

Angola ou República de Angola é um país africano localizado na costa ocidental da África, por isso é banhado pelo oceano Atlântico.

O país ocupa uma área de 1.246,700 km2 onde vivem cerca de 18,4 milhões de habitantes, esse território tem como capital a cidade de Luanda. Essa nação compõe um dos países que possui como língua oficial o português.

O estabelecimento do território angolano ocorreu na Conferência de Berlim, em 1885, essa reunião serviu para decidir quais países iriam dominar e explorar como colônias os territórios africanos.

Angola foi colonizada por Portugal, sua independência aconteceu somente em 11 de novembro de 1975. Apesar da conquista da autonomia política, essa nação não usufrui de paz, a luta que antes era contra a ocupação portuguesa tornou-se uma guerra civil provocada por divergências políticas.

A estrutura política da Angola possui a característica de concentrar o poder nas mãos do presidente, que conta com o auxílio de um primeiro ministro acrescido do conselho de ministros. O país é dividido internamente em províncias, que totalizam dezoito, os líderes ou governadores de cada uma são escolhidos pelo presidente.

Após décadas de conflito civil, o país enfrenta diversos problemas de caráter social, uma vez que a Angola é um dos países mais pobres do mundo. Sem realizar uma eleição presidencial desde 1992, o governo atual visa organizar um processo eleitoral nos dias 5 e 6 de setembro de 2008.

O território angolano possui as seguintes características climáticas: clima temperado no litoral, ocorrência de um restrito período chuvoso (fevereiro a abril), apresenta verões quentes e secos e invernos amenos.

Nos pontos de relevo mais elevados há uma temperatura agradável, com ocorrência de duas estações, uma seca (maio a outubro) e uma chuvosa (novembro a abril).

Assim como a maioria dos países africanos, Angola tem suas atividades econômicas ligadas diretamente à produção primária, destacando-se na produção de café, cana-de-açúcar, sisal, milho, coco e amendoim, além de algodão, tabaco, borracha, batata, arroz e banana. Na pecuária as principais criações são respectivamente de bovinos, caprinos e suínos.

No país são encontradas grandes jazidas, sobretudo de cobre, manganês, fosfato, sal, chumbo, ouro, diamante, petróleo e outros.

As indústrias presentes no país estão ligadas ao processamento ou beneficiamento de produtos agrícolas, produzindo açúcar, cerveja, cimento, além de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço.

economia de Liechtenstein


Liechtenstein ou Listenstaine (forma usada oficialmente pela União Europeia) é um minúsculo principado, um microestado, localizado no centro da Europa, encravado nos Alpes, entre a Áustria, a leste, e a Suíça a oeste. Pouco mais de 34 mil habitantes moram no principado de apenas 160 km².
Desde o século XV, goza praticamente do mesmo território e o principado é comandado pela mesma família desde 1806, quando Liechtenstein tornou-se independente do Sacro Império Romano Germânico. Por ter feito parte deste império germânico e descender diretamente dele, a língua falada no país é o alemão, mas o Liechtenstein se diferencia de Alemanha e Áustria, por ser um micro-estado, considerado um dos mais ricos do mundo, e que é constantemente citado como um local onde a prática de lavagem de dinheiro (ou branqueam

Etimologia

Listenstaine (em alemão: Liechtenstein) significa literalmente, na língua local, "pedra clara" (liechten stein). A sua associação com o Principado deve-se a ter sido a família Liechtenstein a comprar e unir os condados de Schellenberg e Vaduz, dando origem ao atual território do país. O Sacro-Imperador Romano-Germânico permitiu à dinastia o rebatismo da sua nova propriedade com o próprio apelido da família.
Quer na versão europeia quer na brasileira da língua portuguesa, a grafia alemã é a mais comummente utilizada, sendo que quer o Dicionário HouaissDicionário Aurélio (brasileiros), bem como o DOELP de José Pedro Machado (português) a usam. Também os órgãos de imprensa brasileiros Globo, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, e os portugueses Público e RTP preferem a grafia germânica. Também o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal concordam ambos com esta primeira grafia. quer o
Em português existe, no entanto, a opção Listenstaina, com pouco uso, mas que pode ser utilizada, já que se encontra citada no VOLP de Rebelo Gonçalves[6][7] e no Prontuário da Língua Portuguesa, bem como no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora[8].
Em crescendo de uso ocorre a grafia Listenstaine, oficialmente adotada pelo Código de Redacção Interinstitucional da União Europeia, e preconizada no Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, no VOLP da Porto Editora[9] e no Vocabulário da Priberam.[10]
O sítio Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, na pessoa do linguista A. Tavares Louro, preconiza ainda a alternativa Listensteine,[11] que parece recolher pouca aceitação.
Como gentílicos existem as opções liechtensteinense, liechtensteiniano, liechtensteinês e liechtensteiniense, bem como os aportuguesamentos listenstainense, listenstainiano, listenstainês e listenstainiense.

[editar] História

O Principado do Liechtenstein desfrutou de um território incorruptível ao longo da História. As suas fronteiras permaneceram quase imutáveis desde 1434, quando o Reno estabelecia a fronteira entre o Sacro Império Romano Germânico e os cantões da Suíça.
Uma estrada romana atravessa a região de sul para norte, atravessando os Alpes pelo desfiladeiro de Splügen até às margens do Reno, num terreno cujas custosas e frequentes inundações impediam a sua habitação. Villassul, e para seus criados, os senhores romanoscidadãos germânicos, através das terras do norte. Como marca da sua passagem pelo Vale do Reno e pelo norte de Liechtenstein, foi edificado em Schaan um pequeno forte da época. Os romanos estabelecem-se no sopé dos Alpes, permanecendo em Vaduz, junto ao Reno, ou no Vale de Samina e Triesenberg. romanas foram edificadas no permitiam o fluxo de
A área, parte da Récia, foi incorporada ao Império Carolíngio e dividida em condados administrativos, mantendo-se assim dividida ao longo dos séculos que a História já levou consigo. O Ducado da Suábia perdeu o seu Duque e senhor em 1268 e nunca foi restaurado. Todos os vassalos do duque passaram a ser vassalos do Império Carolíngio.
O medieval condado de Vaduz, formado em 1342,[12] era uma pequena divisão do condado de Werdenberg, pertencente à dinastia de Monfort de Vorarlberg. No século XV, pelo menos três guerras devastaram o local. Embora o comércio colonial o enriquecesse, como à Suíça, sendo o país era uma vivo ponto comercial, por onde passavam as especiarias vindas de África, as quais comercializavam com mercadores do restante da Europa, ou seja, a função de Liechtenstein foi sanear os produtos de luxo vindos das colónias portuguesas para o resto da Europa. Mas no século XVII o Liechtenstein perdeu parte dos seus cidadãos na Guerra dos Trinta Anos. Mais de cem pessoas foram perseguidas e executadas em praça pública.
A dinastia de Liechtenstein, cujo principado tomou por seu o nome do Castelo de Liechtenstein, na Áustria e onde vivia a família aristocrata. Johann-Adam Liechtenstein, um príncipe de Viena, com possessões na Boémia, na Baixa Áustria, na Styria e na Morávia, teve barrada sua entrada para o Conselho de Príncipes, que rodeava e influenciava directamente os Habsbugos. Então comprou Schellenberg em 1699 e Vaduz em 1712. Tudo isto, devido à corrida desenfreada dos nobres e Senhores às terras circundantes da Família Habsburgo. É elevado, então, a Principado Imperial de Liechtenstein, como um feudo do Sacro Império Romano-Germânico
O Castelo de Vaduz, residência medieval onde se sediou a família de Liechtenstein, uma das mais antigas da Europa.
Liechtenstein tornou-se um estado soberano em 1806, quando ratificou a Confederação do Reno, junto a Napoleão I, após a dissolução do Sacro Império. O condado foi ocupado pelas tropas francesas durante alguns anos, mas recupera a sua independência em 1815 com a Confederação Germânica. Em 1862 a Constituição é promulgada, com o Landtag sendo o representante das camadas populares na sociedade. Em 1868, a Confederação foi dissolvida, e o Liechtenstein abole o seu exército, declarando a sua permanente neutralidade, respeitada até durante os anos das Guerras Mundiais.
Em 1852, Liechtenstein consentiu uma união econômica com a Áustria-Hungria. Encerrou esta união após a Primeira Guerra Mundial devido a devastação econômica sofrida pela Áustria. Em 1924, Liechtenstein estabeleceu uma união aduaneira e monetária com a Suíça. Mas foi forçada a união com a Suíça, que lhe valeu até na Segunda Grande Guerra, servindo de centro europeu de lavagem de dinheiro (pt. branqueamento de capitais) dos nazistas.
Em 1978 adere ao Conselho da Europa, em 1990 é aceite na ONU, três anos mais tarde junta-se à EFTA, com Portugal já fora da associação de livre comércio, e em 1995 entra para a Área Económica Europeia e torna-se membro da OMC.
A 15 de Agosto de 2004, Hans-Adam II do Liechtenstein formalmente delegou o seus poderes no seu filho, Alois de Liechtenstein. Hans Adam II, contudo, mantém-se como soberano.

[editar] Geografia

O Liechtenstein é um micro-estado situado na Europa Central, fronteiresco à Áustria e à Suíça. A sua capital é Vaduz, cidade esta que representa também uma das onze comunas em que o país se divide. As suas coordenadas geográficas são 47°10′N, 9°32′E. Tem uma área equivalente a 161 km², incluindo os poucos rios que passam pelo seu território até às fronteiras. A sua linha de fronteira compreende cerca de 76 km, sendo que a linha de fronteira com a Áustria mede 35 km e com a Suíça equivale a 41 km. O Liechtestein tem uma superfície cerca de 576 vezes menor que a de Portugal; é 53218 vezes menor que o Brasil.

[editar] Relevo

O território é montanhoso, na sua maioria. A parte ocidental do território é compreendida pelo Vale do Reno superior. O restante é dominado pelo maciço de Rätikon, nos Alpes Centrais, cuja altitude máxima é 2.438 metros. O ponto mais elevado é o monte Grauspitz, a 2.599 metros acima do nível do mar.
A maioria do território é constituída por terra e, estando encravado nos Alpes, não tem costa e assim também não tem possessões marítimas algumas. A terra irrigada forma uma pequena parte do território, visto que não existem muitos rios no território.
O maior rio do Liechtenstein é o Reno, tanto a nível de caudal, largura e comprimento. Este serve, em alguns locais, como fronteira natural com a Suíça, por exemplo em Triesen. Mas o segundo maior rio do país e o maior nascente em território liechtensteinense é o Rio Samina ou Saminatol. No local, denominado por Saminabach, o rio tem a sua nascente nos Alpes, a mais de 1 km de altitude, desce até a um vale do mesmo nome, o Vale de Samina, e estende-se até à Áustria.

[editar] Clima

Segundo dados de 1993, terreno cultivado compreende 24% do território liechtensteinense, os pastos permanentes representam 16%. Mais de um terço (35%) da superfície do país está coberta por florestas e bosques, onde predominam faias e carvalhos nas zonas baixas e coníferas nas vertiginosas escarpas dos montes. O restante representa 25%, e inclui as urbes. No que toca aos recursos naturais, o país alpino tem um grande potencial eólico e hidroeléctrico e um terreno propício ao cultivo e ao pasto.
O clima é alpino, continental, com rigorosos Invernos, com fortes chuvas, céu nublado e abundância de nevões, e temperados Verões, com céu nubladovento predominante é o vento de sul, o que torna o clima mais ameno. (frequentemente), húmidos, habituais na região. Apesar da sua localização alpina, o
No Inverno, podem, no local, praticar-se vários desportos, como o esqui, entre outros. É, aliás, nesta estação do ano, que o país se torna uma referência turística na Europa. A prática de rafting nos rápidos do Rio Samina é a maior fonte de receitas da cidade, para além da agricultura.
O país alpino ratificou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e, mais tarde, o Protocolo de Quioto, directamente ligados com as alterações climáticas no mundo.

[editar] Demografia

O Liechtenstein é um país cujo território é muito pequeno, não dando espaço para uma larga população. O país é o quarto menor da Europa, sucedendo o Vaticano, Mónaco e San Marino.
Estimada em Julho de 2006, a população ronda os 34.911 habitantes, sendo que estes são maioritariamente nascidos no estrangeiro, principalmente portugueses, alemães, suíços e austríacos. A população de Liechtenstein caberia praticamente duas vezes no Estádio da Luz (cerca de 65.400 lugares sentados), em Lisboa, e quase três vezes no Estádio de Wembley (90.000 lugares sentados), em Wembley, a norte de Londres.
Os emigrantes no país representam 34,1% da população, equivalendo a quase 12 000 habitantes.
A taxa de migração não é muito elevada, rondando os 4,93 migrantes por cada 1000 habitantes. Em Portugal, estima-se que haja 14 cidadãos de Liechtenstein. Já em Liechtenstein vivem aproximadamente 561 portugueses, um número pequeno porém maior que o de alguns países de maior território, como a Polónia.
O índice de alfabetização de Liechtenstein é de 100%.

[editar] O crescimento da população

Vista do centro de Vaduz, a capital do país.
A taxa de crescimento da população equivale a 0,9%, segundo dados de 2005, algo acima da média europeia (0,2%). Está notavelmente acima da taxa portuguesa, que ronda 0,4%. A média etária da população é de 38,5 anos, equivalente à de Portugal. A tendência é aumentar, contrariando assim a média europeia e a da maioria dos países do continente, e é provável que o país atinja os 35 200 cidadãos nacionalizados no final de 2007.
A taxa de nascimentos ronda os 11,66 nato-vivos por cada 1000 habitantes, segundo dados oficiais de 2002, enquanto a taxa de falecimentos, aproximadamente, 6,76 falecimentos por 1000 habitantes, segundo dados do mesmo ano. A taxa de mortalidade infantil é de 4,92 para cada 1000 nascimentos, algo preocupante no território europeu, representando em Portugal, a taxa é de 5 por cada 1000 habitantes.
A taxa de fertilidade conta 1,5 crianças por cada mulher nacionalizada, com a inclusão das mulheres emigrantes no país. A taxa de fertilidade da população vivente no ambiente rural ronda 1,8 crianças, enquanto a população vivente nas urbes aproxima-se das 1,6 crianças. Segundo os Census a população feminina é maior que a população masculina, e a tendência é aumentar o número.
A população urbana atinge 21,2% da população, segundo dados oficiais de 2004.

[editar] Pirâmide demográfica

Contrariando a vertente europeia, o país tem uma população relativamente jovem, segundo a pirâmide demográfica de 2004.
A Europa tende a envelhecer, sendo um continente industrializado e desenvolvido, em que as mulheres conquistam de dia para dia uma forte posição na sociedade, não restando tempo para a educação de crianças, que dispende muito tempo. A crise financeira agrava-se e os europeus não conseguem suportar o «empreendimento financeiro» que representa uma criança e o seu crescimento. Mas, no Liechtenstein essa tendência negativa é superada e o governo empreendeu políticas natalistas, tal como na Dinamarca.
Assim a população jovem representa uma boa parte da população total, cerca de 17,8%, e supera a população idosa, que representa 11,6% dos cidadãos liechtensteinenses. A taxa de idosos residentes em Portugal é bem maior, representando 18% da população, e tende a aumentar. Os idosos com mais de 75 anos prevalecem nesta taxa em Portugal, enquanto no Liechtenstein representam um valor mínimo dentro da faixa etária idosa.
Mesmo assim a faixa etária que compreende os cidadãos de 15 a 64 anos de idade é a maior e representa mais de um terço da população, incluindo a maior parte da população jovem (dos 0 ao 35 anos de idade).
O número de mulheres, segundo esta pirâmide, é superior ao dos homens, em todas as faixas etárias.
  • 0-14 anos: 17,8%
    • Homens: 2950
    • Mulheres: 3014
  • 15-64 anos: 70,5%
    • Homens: 11745
    • Mulheres: 11837
  • Mais de 65 anos: 11,6%
    • Homens: 1598
    • Mulheres: 2292

[editar] Esperança média de vida

A esperança média de vida para a totalidade da população é estimada em 80,1 anos de idade. As mulheres conservam uma esperança de vida bem maior que a dos homens, sendo que para eles a estimativa é de 75,47 anos e para elas conta-se nos 83,6 anos. Comparado com Portugal, os resultados são parecidos, sendo que os homens têm uma esperança de vida de 70,2 e as mulheres de 78,2 anos de idade.

[editar] Densidade populacional por comuna

Densidade populacional por comuna (hab/ km²)
Balzers Eschen Gamprin Mauren Planken Ruggell Schaan Schellenberg Triesen Triesenberg Vaduz
216 367 189 441 67 237 203 275 166 86 205

[editar] Política

Ver página anexa: Príncipes do Liechtenstein
O edifício do Parlamento e sede do Governo em Vaduz.
O Liechtenstein é um estado democrático, uma monarquia constitucional, encabeçada actualmente pelo príncipe Hans Adam II, seguido pelo príncipe regente, Alois e o primeiro-ministro Otmar Hasler.
O parlamento é eleito livremente através do voto eleitoral, sendo o povo que escolhe e elege os seus membros. O príncipe encontra-se isento de votar. O Parlamento do Liechtenstein, o Landtag, compõe-se por 25 representantes escolhidos pela população votante. Uma câmara de cinco integrantes responsabiliza-se pelo trato dos assuntos diários.
O governo é nomeado pelo parlamento que é, por sua vez, renovado de quatro em quatro anos. A última vez que foi eleito foi em 2005. Os dois partidos políticos principais são o Partido dos Cidadãos Progressistas (FBP, sigla segundo a grafia alemã, utilizada no país) e a União Patriótica. Ambos dominam a vida política liechtensteinense, e dirigiram o país, em coligação, de 1938 a 1997, até que neste último ano venceu o VU, que ilegitimou a coligação, e assim, o governo tem alternado entre os dois partidos. A constituição permite referendos legislativos.
O soberano atual, Hans Adams II de Liechtenstein, que assumiu o trono em 1989.
Em 1924, o Liechtenstein, tendo em conta as inúmeras transacções com a vizinha Suíça, realizou uma união com este outro país alpino, e adoptou o franco suíço como moeda nacional. Num acordo particular, ficou expressa a exigência da Suíça em que todos os acordos internacionais concluídos para e pelo Liechtenstein, tinham que ter a sua aprovação. Tal registra a dependência política do Liechtenstein da Suíça.
Num referendo levado a cabo a 1 de Julho de 1984, os votantes masculinos concederam às mulheres o direito de votar nas eleições nacionais, ainda que continuem sem o direito ao voto na eleições locais, nos municípios.
1990 foi o ano em que o país se tornou membro da ONU, confirmando a sua posição democrática na política europeia. No ano seguinte torna-se membro integrante da EFTA. Os seus interesses, concordante com o acordo com a Suíça, são representados por esta. Em 1995 entra efectivamente para a Área Económica Europeia, sem a companhia da Suíça.
Em Março de 2003 um polémico referendo posto em pauta pelo príncipe Hans Adams, que exigia o reforço dos poderes do soberano, levantou os ânimos da oposição que exigia a deposição do príncipe. Este, por seu turno, ameaçou exilar-se nas suas residências austríacas, caso não visse os seus poderes acrescidos. A acção movida pelo soberano foi muito criticada internacionalmente, inclusive, pela Comissão de Veneza. A democracia do estado foi posta em causa e a monarquia apelidada de autoritária. Mas o príncipe venceu e viu os seus poderes alargados. A oposição foi notoriamente desacreditada com os resultados deste referendo.

[editar] Subdivisões

O Liechtenstein encontra-se dividido em onze comunas (Gemeinden - singular Gemeinde), sendo muitas delas apenas uma única cidade.
Liechtenstein-admin.png
Comuna Área
(km²)
População
(2002)
Densidade
(hab/km²)
Balzers.png Balzers 20 4.233 216
Eschen.png Eschen 10 3.791 367
Gamprin.png Gamprin 6 1.159 189
Mauren.png Mauren 7 3.288 441
Planken.png Planken 5 355 67
Ruggell.png Ruggell 7 1.744 237
Schaan.png Schaan 27 5.454 203
Schellenberg.png Schellenberg 4 975 275
Triesen.png Triesen 26 4.381 166
Triesenberg.png Triesenberg 30 2.556 86
Vaduz.png Vaduz 17 4.927 205

[editar] Economia

Os cereais, como o centeio, são o produto mais cultivado no país.
Apesar de ser pequeno na área geográfica e de possuir limitados recursos, o Liechtenstein é um dos estados mais ricos do mundo e um dos poucos países no mundo com mais empresas e/ou companhias internacionais por habitante. Tem um desenvolvimento próspero e audaz, é altamente industrializado e com uma economia livre.
Vantajosamente, cada negócio criado paga uma taxa máxima de 18%, bem como as Regras de Sociedades têm que mover cerca de 73.700 acções (as chamadas 'letras') da companhia para estabelecer nominalmente a empresapaís. 30% dos lucros provenientes deste processo são reservados ao estado do Liechtenstein. O estado também gera recursos aos empreendedores, sendo que, aos proprietários de fundações ou grandes empresas cujo capital é estrangeiro, o processo jurídico de estabelecimento conta com o segredo bancário, o que torna o país num dos mais famosos locais onde a prática de lavagem de dinheiro é recorrente. no
A indústria têxtil é uma das mais desenvolvidas e que traz renda para o país.
Segundo alegações recentes do príncipe Hans-Adam II do Liechtenstein, o soberano do país, o Liechtenstein irá começar a combater com forte determinação qualquer processo de lavagem de dinheiro internacional e trabalhar para promover uma imagem de centro financeiro legítimo para o país. Mas segundo uma ainda mais recente lista, o micro-estado foi surge como um dos poucos estados que nada faz para combater a lavagem de dinheiro internacional, com os quais são bastante lucrativos para o estado.
O Liechtenstein é historicamente um aliado da Suíça, que goza do mesmo estatuto de centro de lavagem de dinheiros internacionais. As muitas transacções feitas entre os dois países fizeram com que, num acordo bilateral concretizado em 1924, o primeiro adoptasse o franco suíço como moeda nacional. Contudo, no acordo foi exigido que qualquer importante decisão política, económica e/ou governamental que envolvesse o estado, tinha que ter a aprovação da Suíça. A dependência do Liechtenstein continua até hoje.
Além de cereais - trigo, aveia, centeio e milho, cultivam-se vinhas e frutas variadas; as pastagens ocupam 38% da sua superfície.
Nos últimos anos, Liechtenstein transformou-se em um país altamente industrializado, produtor têxtil, farmacêutico e medicamentoso, de instrumentos de precisão, refrigeradores, próteses dentárias, conservas, entre outros. Mas a produção de selos postais e o turismo, embora ainda pouco desenvolvido, também são fontes de rendimentos.
Com um escasso território, o Liechtenstein importa quase tudo o que consome. Mais de 90% da sua energia é importada. Inclusive, as matérias primas para a sua desenvolvidíssima indústria resultam da importação. Mas a sua poderosa indústria permite que as exportações superem eficazmente a importações. Segundo dados referentes a 2001, as importações representaram 906 milhões de dólares e as exportações 1.818 milhões de dólares.
Em 2000, o PIB representou 4349 milhões de francos suíços, e o PIB por habitante 176.000 francos suíços. Por sectores o Produto Interno Brutoinflação representa 2% no Primário, 45% no sector Secundário e, no Terciário, conta-se em 53%. O PIB tem uma variação anual média de -0.2%, e a conta-se pelos 0.6%. Assiste-se ao decréscimo do Produto Interno Bruto no Liechtenstein.
A população activa representa a maioria, sendo que, em 2000, 28.414 habitantes eram activos. O número tem vido a aumentar até 2007, resultante do crescimento notório da população, considerada jovem, um panorama contrário ao da maioria dos países desenvolvidos, como Áustria.
A mais reconhecida multinacional liechtensteinense é a Hilti. O país é também a «casa» da Calculadora Curta, e de outros conhecidos produtos.

[editar] EFTA e Espaço Económico Europeu

██ Países membros
██ Ex-membros
Em 1991, o país associou-se à EFTA, uma organização europeia que servia os países que não tinham aderido à Comunidade Europeia. Portugal foi um dos membros fundadores, mas neste ano já pertencia à União Europeia.
Com a criação da Área Económica Europeia, uma organização que serviu de ponte comercial e económica entre a CEE e os países membros da EFTA, o país passou a pertencer ao maior mercado do mundo. A Suíça, não seguiu os seus passos, por decisão de um referendo público, mas montou sobre a importância do Liechtenstein na organização bilateral uma ponte de influências que dura até aos dias de hoje. Assim, o país além de servir os seus interesses, serve também os interesses, indirectamente, da vizinha alpina, reafirmando a sua dependência desta. Sob a tutela do Liechtenstein, a Suíça realizou vários acordos bilaterais com a UE que a permitiram usufruir das mesmas vantagens dos membros do EEE.
Mas nem esta abertura do país a «quatro liberdades fundamentais, sendo uma delas a liberdade de movimento de pessoas e trabalhadores, impediu que o desemprego duplicasse em 2002, embora nos anos seguintes o desemprego tenha tido uma pequena queda. Encontra-se actulmente perto dos 2.1%.

[editar] Infraestrutura

[editar] Educação

O Liechtenstein tem uma complexa e eficaz estrutura escolar,[13] que passa pela pré-educação, a educação primária, a educação secundária e, opcionalmente, a educação universitária. Resultante destas bases educacionais, segundos registos oficiais, 0% da população é analfabeta.
A educação primária, no Liechtenstein, completa-se em cinco anos. O nível Baixo Secundário completa-se, no máximo, em quatro anos, enquanto o Secundário Superior completa-se em somente um ano. O Secundário Sénior tem uma longitude de três anos. A longevidade durante o nível Baixo Secundário provém de três tipos escolas diferentes: Oberschule (4 anos) , Realschule (4 anos), e Gymnasium (3 anos). No Secundário Superior é um ano voluntário, ou seja, somente se inscreve quem o quiser fazer. Este ano é passado no ginásio, onde os alunos têm novas ofertas disciplinares, como novas línguas, educação musical e artística, leis/economia, matemática e ciências, num grau mais avançado.
Depois os estudos são completados no Secundário Sénior, onde depois de terminarem o exame Matura, que tem a mesma função que os exames do Secundário em Portugal, o aluno recebe o certificado Matura, reconhecido pelas universidades suíças, austríacas e pela Universidade de Tübingen, na Alemanha. Na universidade, os estudantes têm que enfrentar três níveis. O primeiro é o Bacharelato, o segundo é o Mestrado e o terceiro é o Doutoramento. Em 2007, o Liechtenstein entrou no programa Erasmus.
Todos os professores, antes de leccionarem, recebem um treino prévio na Áustria, Suíça ou Alemanha. Somente depois deste demorado processo é que os professores recebem o certificado, com o qual podem leccionar.
A escolaridade obrigatória é custeada pelo próprio estado, a exemplo dos países da Europa ocidental. Contudo, esta regalia, a educação gratuita, muda de cenário quando se trata de migrantes. A educação das crianças migrantes que já tenham iniciado a sua educação noutro país, nomeadamente, o seu país de origem, fica à mercê do poder económico dos seus pais e/ou familiares responsáveis.
A autoridade responsável pela educação é o Ministério da Educação, cuja ministra é Rita Kieber-Beck.

[editar] Saúde

O Sistema de Saúde [14] do Liechtenstein é bom e tecnologicamente avançado, comparável ao suíço. Boa parte dos fundos governamentais do país são investidos na manutenção dos aparelhos de saúde distribuídos pelo país e em novas tecnologias, para fornecer aos cidadãos um sistema de saúde topo de gama, eficaz e com tecnologia de ponta.
Contudo, a saúde pública custa caro aos cidadãos e de quem dela usufrui. Para os turistas, por exemplo, caso tenham algum incidente no país, antes da viagem as agências promotoras intermedeiam contratos com o estado, tornando os custos dos atendimentos médicos mais baratos para o cliente. Inclusive, mesmo os pequenos atendimentos médicos e os serviços de emergência são pagos.
O principal hospital do país é o Hospital Nacional, localizado em Vaduz. Parte dos médicos activos no país são estrangeiros, maioritariamente suíços. Os serviços farmacêuticos estão resguardados para os cidadãos, sendo que estes dispõem de várias farmácias pelo país.
Para quem visite o país, somente terá que ter a vacina do tétano em dia. Malária, febre amarela, tifóide, difteria, entre outras não constam na lista de vacinas obrigatórias.
Apta a beber,[15] a água nacional, proveniente dos rios locais como o Saminatol, é de excelente qualidade. Antes de ser devolvida aos rios, a água passa por um complexo e competente processo de tratamento, igualando-se à maior parte dos países europeus.
O organismo que rege a segurança alimentar pública [16] é o Instituto de Inspecção da Segurança Alimentar e Veterinária,[17] cujas funções se assemelham à portuguesa ASAE. Este instituto supervisiona todos os produtos alimentares que entram e saem do país, antes de serem consumidos pelo público, tendo uma acção directa na regulamentação e manutenção da saúde pública do país. Inspeccionam a qualidade, a higienecomida. do produto, as embalagens e as suas qualidade e viabilidade, e o tratamento da

[editar] Cultura

[editar] Artes

O design de moda é quase inexistente no país, embora a indústria têxtil seja a mais desenvolvida.
Contemplando uma região marcada pelas culturas suíça, austríaca e alemã, o Liechtenstein cresceu sob grande influência das três, sendo que a sua própria cultura se assemelha e espelha nas duas supra-citadas. Toda a cultura está muito ligada ao clima frio da região montanhosa.
Sob uma arquitectura maioritariamente medieval, robusta e austera, erguida sobre as escarpas submetidas a temperaturas gélidas durante o Inverno, surgiu o Liechtenstein. Esta é proeminente e continua a ser o marco do país. O seu principal monumento é o Castelo de Vaduz. Fortalezas intemporais, de incorruptível aspecto, ergueram-se sobre as escarpas verdes e rochosas na Idade Média e mantêm-se até hoje, em pleno estado de conservação.
A música e o teatro assumem já um papel de destaque. Existem várias instituições que os promovem, e, no panorama artístico mundial, o país surge na música como uma referência contemporânea a ter em conta.
O design de moda, no país, é quase inexistente, sendo que o Liechtenstein ainda não abriu as suas fronteiras à entrada desta indústria. No entanto, os têxteis imperam na indústria no país e assumem um papel importante na economia do país.
No âmbito das artes decorativas, actualmente o país dá grandes passos no panorama europeu, através de mostras das colecções dos seus importantes museus. A arte contemporânea está patente no exterior e no interior dos edifícios museológicos, como o Kunstmuseum.

[editar] Religião

O Liechtenstein, segundo pesquisas oficiais de 1996, é um paíscristão, sendo que 86.9% da população partilha da fé cristã.[18] 75.7% são católicos e 6.9% são protestantes. A restante população portanto, partilha outros credos. A percentagem da religião islâmica no país deve-se maioritariamente ao migrantes turcos. maioritariamente
Nos últimos anos a comunidade asiática,[19] principalmente a tibetana, cresceu, e inseriu o budismo na cultura do país. Hoje existe somente um centro budista no Liechtenstein, em Vaduz.
A religião influencia grandemente os hábitos da população, tida ainda como um pouco conservadora, e a maioria dos crentes são praticantes. Praticamente todos os feriados e comemorações do país são dedicados a santos a a acontecimentos bíblicos.
A religião no Liechtenstein
CristãChristian cross.svg CatólicaBerlinghiero Berlinghieri 001.jpg ProtestanteMartin-Luther-1543.jpg IslâmicaFirstSurahKoran.jpg Outras Desconhecido (e/ou não crente)
82.6% 75.7% 6.9% 4.2% 1.3% 10.9%

[editar] Desporto

O esqui alpino é o único desporto em que o Liechtenstein venceu medalhas olímpicas.
No ranking mundial da FIFA,[20] o Liechtenstein encontra-se na 149.ª posição.
O comité que gere quase todas as associações desportivas, clubes e instituições ligadas ao desporto é a Liechtensteinischer Olympischer Sportsverband, LOSV, ou seja a Federação Olímpica do Liechtenstein.[21] Com um pequeno principado, o Liechtenstein surpreende quando, com incentivo do próprio soberano e dos governantes, o país investe cada vez mais no leccionamento de prática de desporto, como base para uma prolífera educação e aplica nesta área boa parte dos fundos de que dispõe. Com uma eficaz promoção por todo o país, para incrementar a procura das actividades desportivas, estas significam para o governo parte dos lucros do país, até porque, em tempos de Inverno, e mesmo no Verão, a zona é muito procurada para a prática de desportos como o rafting e canoagem, nos rápidos do Samina, como o esqui alpino, a escalada, e o pedestrianismo também começa a gerar interesse.[22] O Ministério do Desporto do Liechtenstein é o responsável pela pasta desportiva no país, e o órgão governamental mais próximo de todas as associações desportivas, clubes e instituições e academias, obviamente.
Existe um grande estádio de futebol no Liechtenstein, o Rheinpark Stadion, com lugar para 6.127 pessoas, cerca de 17,2% da população. Também existe a Arena Desportiva de Eschen-Mauren, um estádio multi-usos sito em Eschen.
Em clubes desportivos, na generalidade, contando com o desporto reinante, o futebol, os sócios são cerca de 15.200, entre homens, mulheres e crianças. Representa isto 43.5% da população. E um em cada 224 cidadãos da população activa do Liechtenstein, são presidentes de clubes desportivos.[23]
Também existem vários clubes de ténis, entre eles o Liechtenstein Davis Cup e o Liechtenstein Fed Cup.
O Liechtenstein ganhou, na totalidade, 11 medalhas olímpicas, todas elas em provas desportivas de esqui alpino.[24] Isto resulta numa medalha olímpica para cada 3.175 cidadãos do Liechtenstein. É o país com o maior número de medalhas olímpicas per capita.[25]

[editar] Futebol

O órgão que rege o futebol no Liechtenstein é a Associação de Futebol de Liechtenstein ou LFV. O país também tem uma selecção, a Seleção Liechtensteiniense de Futebol. O futebol nacional de Liechtenstein possui apenas 7 clubes que disputam campeonatos na Suíça.
São 1.763 os futebolistas activos em território liechtensteinense, o que significa que, um em cada vinte cidadãos da população activa, é futebolista. A associação de futebol é a associação desportiva com mais sócios no país. Tem cerca de 2.800 sócios, repartidos por sete clubes.

[editar] Feriados e comemorações

AnnapolisGraduation.jpg Feriados e Comemorações no Liechtenstein AnnapolisGraduation.jpg
Data Nome em português Nome local Notas
1 de Janeiro Ano Novo Neujahrstag Todos os anos
2 de Janeiro São Bertoldo Berchtolds-Tag Todos os anos
6 de Janeiro Epifania Heilige Drei Könige Todos os anos
2 de Fevereiro Candelária Lichtmess, Mariä Reinigung Somente comemorado por católicos
19 de Março São José Feiertag des Heilegen Joseph Todos os anos
25 de Março Sexta-feira Santa Karfreitag Católicos e protestantes
28 de Março Segunda-feira Pascal Ostermontag Católicos e protestantes
1 de Maio Dia Internacional do Trabalho Tag der Arbeit Todos os anos
5 de Maio Ascensão Christi Himmelfahrt Católicos e protestantes
16 de Maio Segunda-feira de Pentecostes Pfingstmontag Católicos e protestantes
26 de Maio Corpus Christi Fronleichnam Somente católicos
15 de Agosto Festa Nacional Nationalfeiertag Todos os anos
8 de Setembro Natividade de Nossa Senhora Geburtstag der Heiligen Mutter Todos os anos
1 de Novembro Dia de Todos os Santos Allerheiligen Somente católicos
8 de Dezembro Imaculada Conceição Unbefleckte Empfängnis Todos os anos
25 de Dezembro Natal Weihnachten Todos os anos
26 de Dezembro Santo Estevão Stephans-Tag Todos os anos